BRA_1996_DHS_v01_M
Pesquisa Nacional Sobre Demografia e Saúde 1996
Demographic and Health Surveys 1996
Name | Country code |
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Brazil | BRA |
Demographic and Health Survey (standard) - DHS III
O Pesquisa Nacional Sobre Demografia e Saúde 1996 é o tercera Pesquisa Nacional Sobre Demografia e Saúde realizada no Brasil, mas o segundo com cobertura nacional.
Sample survey data
O Pesquisa Nacional Sobre Demografia e Saúde 1996 abrange os seguintes tópicos:
National
O universo da amostra estudada representa, aproximadamente, 97% da população total do país. Excluiu-se a área rural da regiâo Norte, com exceção do estado de Tocantins , área extensa e pouco habitada, uma vez que o custo total implicado no estudo de fração populacional muito pequena do país (3%) seria extremamente alto.
Name | Affiliation |
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Sociedade Civil Bem-Estar Familiar no Brasil -BEMFAM | non-governmental institution |
Name | Role |
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Macro International Inc. | Technical assistance |
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística | Technical assistance |
Ministério da Saúde - Coordenação Saúde da Mulher, do Adolescente e da Criança | Technical assistance |
Ministério da Saúde - Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição | Technical assistance |
Name | Role |
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Agência Norte Americana para o Desenvolvimento Internacional | Funding |
Fundo de População das Nações Unidas | Funding |
Fundo das Nações Unidas para a Infância | Funding |
Ministério da Saúde - Coordenação Saúde da Mulher, do Adolescente e da Criança | Funding |
Name | Role |
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Associação Brasileira de Estudos Populacionais - ABEP | Advisory committee |
Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional - CEDEPLAR | Advisory committee |
Centro de Estudos Materno-Infantilida UNICAMP-CEMICAMP | Advisory committee |
Centers for Disease Control - CDc (Div. Saúde Reprodutiva) | Advisory committee |
Coordenação de Desenvolvimento e Planejamento - CODEPLAN | Advisory committee |
Fundação Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA | Advisory committee |
Fundaçâo Sistema Estadual de Análise e Dados Estatísticos - SEADE | Advisory committee |
Fundação Joaquim Nabuco - FUNDAJ | Advisory committee |
Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social - IPARDES | Advisory committee |
Instituto de Medicina Social - UERJ | Advisory committee |
Instituto Sociedade, População e Natureza - ISPN | Advisory committee |
Núcleo de Estudos e População da UNICAMP-NEPO | Advisory committee |
A amostra da pesquisa, uma subamostra da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicfiios (PNAD-95) do IBGE, foi desenhada para obter resultados representativos e estimativas independentes para todas as sete regiões da PNAD (Rio de Janeiro, São Paulo, Sul, Centro-Leste, Nordeste, Norte (área urbana) e Centro-Oeste). Além disso, assegura estimativas independentes para os estados de Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Bahia, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Sul.
Trata-se de amostra probabilística, selecionada aleatoriamente em dois estágios: no primeiro estágio, selecionaram-se os setores censitários, com probabilidade proporcional ao número dc domicílios em cada setor e no segundo, os domicílios, considerando a represcntafivídade dentro de cada setor.
A amostra da pesquisa, uma subamostra da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicfiios (PNAD-95) do IBGE, foi desenhada para obter resultados representativos e estimativas independentes para todas as sete regiões da PNAD (Rio de Janeiro, São Paulo, Sul, Centro-Leste, Nordeste, Norte (área urbana) e Centro-Oeste). Além disso, assegura estimativas independentes para os estados de Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Bahia, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Sul. Trata-se de amostra probabilística, selecionada aleatoriamente em dois estágios: no primeiro estágio, selecionaram-se os setores censitários, com probabilidade proporcional ao número dc domicílios em cada setor e no segundo, os domicílios, considerando a represcntafivídade dentro de cada setor.
Em cada domicilio selecionado, fazem parte da amostra todas as mulheres de 15 a 49 anos. Para a entrevista com homens, utilizou-se uma subamostra de domicílios correspondente a 25% da amostra. Nesses domicílios, fazem parte da amostra todos os homens de 15 a 59 anos, como também as mulheres que apresentam idade dentro do intervalo anteriormente citado.
UNIDADES AMOSTRAIS
As Unidades Primárias da Amostra (UPA) são áreas censitárias definidas pelo censo populacioual de 1991. Todo domicílio localizado dentro de cada área censitária é considerado como uma Unidade Secundária da Amostra (USA).
ESTRATIFICAÇÃO
Com o objetivo de assegurar maior precisão das estimativas (com menor erro amostrai) as UPA's estão agrupadas por áreas de residência rural e urbana, dentro de cada estado da federação.
MARCO AMOSTRAL
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mantém desde 1967, uma amostra principal que tem sido ampliada e aperfeiçoada para atender a diferentes objetivos de pesquisa de base domiciliar nas últimas décadas. A última seleção dessa amostra, denominada PNAD ( Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios ), foi elaborada usando como marco amostrai o censo populacional de 1991. O IBGE mantém um banco de dados com informações sobre os setores censitários da amostra da PNAD, tais como os parâmetros de seleção e a última atualização de domicílios em cada setor dessa amostra. A atualização de domicílios é realizada anualmente e a última corresponde a 1995.
Em conseqüência, decidiu-se utilizar a amostra principal da PNAD como marco amostrai para os objetivos da pesquisa PNÇS 1996, devido, primeiro, à viabilidade de uma subseleção de setores para a pesquisa PI~I)S 1996 e, segundo, à atualização dos endereços dos domicílios em cada setor selecionado, realizada durante o ano de 1995 pelo IBGE.
COMPOSIÇÃO DA AMOSTRA
Com o objetivo de obter um número aproximado de 13.600 entrevistas completas de mulheres elegíveis, utilizaram-se informações da Pesquisa sobre Saúde Familiar no Nordeste Brasil, 1991, como instrumento de auxílio para estimar alguns parâmetros do desenho. Estimou-se que seria necessário um total de 16.800 domicílios a serem selecionados para chegar a aproximadamente 13.600 entrevistas completas. Esse total foi distribuído por regiões da federação, nâo de acordo com sua população, mas para cumprir com os objetivos da pesquisa, como se pode observar na Tabela A. 1.
SELEÇÃO DA AMOSTRA
A amostra para cada domínio ou região é obtida em duas etapas: a primeira etapa consiste na seleção sistemática dos setores censitários com probabilidade proporcional ao seu tamanho. Na realidade, essa primeira etapa é uma combinação de procedimentos: a seleção dos setores do censo para a pesquisa PNAD e uma subseleçâo desses setores para a pesquisa PNDS 1996. Depois de selecionados os setores, utilizou-se a lista atualizada de domicílios fornecida pelo IBGE para realizar a seleçâo última dos domicílios. Finalmente definiu-se o número de domicílios a serem selecionados em cada setor censitário, de tal maneira que se mantivesse uma fração amostrai uniforme para cada domicílio em cada região. Essa fração amostrai não é a mesma para cada região, uma vez que o dimensionamento da amostra não foi proporcional em todas as regiões estndadas.
O processo de seleção dos setores censitários deu-se da seguinte forma: O total da amostra foi distribuído entre cada uma de suas regiões, de acordo com o tamanho requerido e, dentro de cada regiâo, entre seus correspondentes estados, de acordo com sua população; O número de setores censitários em cada estado foi calculado de acordo com a divisão da amostra por estado e tamanho médio da amostra em cada setor do censo. PNAD. Para cada região se obteve uma lista de setores censitários por estado, de acordo com a pesquisa Em cada estado realizou-se uma seleção sistemática do número de setores censitários requeridos para esta pesquisa, digamos a, e um total de setores censitários da pesquisa PNAD, designado por b .
Temos então uma taxa de subamostragem para a pesquisa PNI)S 1996 corno : s = a/b.
Originalmente, a probabilidade de seleção de i-ésimo setor censitário para a pesquisa PNAD foi:
Pli = (b * mi) / ( ~ mi )
onde:
b : número de setores censitários da pesquisa PNAD,
mi: número de domicílios no i-ésimo setor censitário do censo de 1991,
Y, m~ : número de domicílios no estrato de seleçâo segundo o censo de 1991.
A combinação da seleção dos setores censitários com probabilidades de seleção proporcional ao tamanho da pesquisa PNAD com a subseleção sistemática destes setores resulta numa amostra final de setores com probabilidade proporcional ao tamanho, similar à amostra original.
A probabilidade final do i-ésimo setor censitário para a pesquisa PNDS 1996 é dada por:
P'li = S (b m i )/( Y~mi )
p'i = (a * mi)/( ~mi )
onde:
a : número de setores censitários para a pesquisa PNDS 1996;
m~: número de domicílios no i-ésimo setor censitário segundo o censo de 1991;
~m~ : número de domicílios no estrato de selegão segundo o censo de 1991.
Depois de obter as listas atualizadas para cada setor censitário selecionado, determina-se o número final de domicílios de acordo as seguintes fórmulas:
P' zü = ( n i/L i )
P li P 2ü- f
daí obtém-se
n í = ( bfL i ) / ( a*Pli )
onde
n~: número de domicílios selecionados no setor para pesquisa PNDS 1996,
L~: número total de domicílios no setor censitário na PNAD de 1995,
f : fração amostrai na região'
a : número de setores censitários para pesquisa PNI)S 1996,
b : número de setores censitários da PNAD,
Pti: probabilidade de seleção do setor censitário na PNAD e cujo valor é calculado com base nos parâmetros do desenho da amostra principal como :
Pli = (u-mun-se)(prob-mun)(n-set-se)(prob-set)
onde :
N-mun-se : número de municípios selecionados na PNAD,
Prob-mun : probabilidade de seleção do município na PNAD,
N-set-se : número de setores selecionados no município na PNAD e
Prob-set : probabilidade de seleção do setor na PNAD.
Uma vez estabelecido o número de domicílios a serem selecionados, o procedimento de seleção dos mesmos depende de o setor ser urbano ou rural. Para cada setor urbano, a seleção dos domicílios foi realizada de forma sistemática, com intervalo de seleção de l~j = L~ / n~. Para cada setor rural, a seleção dos domicílios foi realizada com grupos compactos de domicílios contínuos sobre a lista de domicílios e de acordo com o seguinte procedimento:
Numeramos os domicílios de forma consecutiva, de acordo com a lista do setor censitário rural. Em cada múltiplo de oito ( ou seja, 8, 16, 24 etc.) traça-se uma linha com um marcador colorido. Cada grupo é formado por domicílios entre linhas horizontais consecutivas, sendo o primeiro grupo constituído pelo primeiro domicílio na lista até o anterior imediato à primeira linha horizontal. No caso de existir mais de quatro domicílios depois da última linha horizontal, o último grupo é constituído por esses domicílios depois da linha horizotltal. Todos esses grupos assina formados se denominam grupos compactos, sendo G i o total desses grupos.
Se houver domicílios (menos de quatro) depois da última linha horizontal, os mesmos foram distribuídos uniformemente entre os grupos compactos anteriores, em forma sistemática e com início do sorteio.
Calcula-se o número de grupos compactos a selecionar como :
gi = número arredondado mais próximo de ( ni/8 ).
Selecionamos então g, grupos compactos do total G~ numa forma sistemática e com início de sorteio.
Todos os domicílios dentro do grupo compacto no setor censitário foram considerados como amostra de domicílios do setor censitário.
A PNDS 1996 abrange a população residente em domicílios privados no país. A amostra foí desenhada para produzir estimativas confiáveís de taxas demográficas, particularmente as taxas de fecundidade e de mortalidade infantil - indicadores de saúde reprodutiva e de saúde da criança , em nível nacional, urbano e rural. Estimativas para as variáveis selecionadas tbram também produzidas para as diferentes regiões do país. Além da amostra principal de mulheres, uma subamostra de homens entre 15-59 anos foi entrevistada, com o objetivo de conhecer, da perspectiva do homem, dados sobre conhecimentto, atitudes e práticas relacionados a planejamento familiar, AIDS e outros tópicos.
Dos 16.451 domicflios selecionados, obtiveram-se informações completas para 81%, não sendo registrada diferença significativa entre os percentuais encontrados para as áreas urbanas e rurais - 81 '7,, c 80%, respectivamente. Rio de Janeiro e São Paulo apresentaram o menor percentual de entrevistas completas (68% e 72%) e o maior percentual de recusas e de moradores ausentes. A região Norte apresentou o maior percentual de entrevistas completas, 91%.
Nos 14.252 domicílios ocupados coletaram-se dados para 13.283 domicílios. Nestes, foram encontradas 14.579 mulheres, o que significa em média uma mulher por domicílio, tendo sído entrevistadas 86% deste universo. A entrevista individual segue o mesmo padrão de resultado da entrevista de domicílio.
Isto é, o Rio de Janeiro e São Paulo apresentaram o menor percentual de entrevistas completas e maiores percentuais de recusa e de moradores ausentes.
Para a pesquisa com os homens, foram identificados nos domicílios selecionados 3.986 homens de 15-59 anos, sendo entrevistados 74%. O percentual de homens elegíveis ausentes do domicílio, em nível de Brasil, foi de 19%, sendo o maís baixo encontrado na região Norte (8%) e o mais alto no Rio de Janeiro (34%).
A taxa de resposta total, isto é, a taxa combinada para domicílios e mulheres, foi de 81% e para a pesquisa com os homens foi de 69%.
Para a coleta de dados, adotou-se a metodologia de entrevistas domiciliares, com aplicação de três tipos de questionários:
a) Ficha de domicílio;
b) Questionário individual de mulheres;
c) Questionário individual de homens.
Os questionários tiveram por base o modelo utilizado pelas Pesquisas de Demografia e Saúde para a terceira fase, contextualizado e acrescido de questões em atendimento a necessidades específicas de dados para o país. Destaca-se, ainda, que os instrumentais foram devidamente pré-testados no Rio de Janeiro, em dezembro de 1995. A comparabilidade com as pesquisas anteriores, de 1986 e 1991, foi, também, assegurada.
a) FICHA DE DOMICíLIO
b) QUESTIONÁRIODE MULHERES
c) QUESTIONÁRIO DE HOMENS
Start | End |
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1996-03 | 1996-06 |
O trabalho de campo foi acompanhado por cinco coordenadores regionais, que realizaram numerosas visitas a campo. Além disso, durante a coleta de dados foi operacionalizado um rigoroso controle, em nível de cada equipe, sobre o processo de coleta, mediante a detecção de erros por parte da crítica de campo e sua correção imediata, ainda no setor. Em nível da coordenação central, as críticas de dados revisavam uma vez mais os questionários e os problemas encontrados para cada equipe eram comunicados, via "memorandum", à coordenação regional. O processamento interativo e por lotes de informação através do programa ISSA permitiu, ainda, em nível central, a obtenção periódica de resultados parciais, para analise dos dados coletados até um determinado momento, mediante a produção de tabelas para acompanhamento e controle de qualidade. Os resultados dessas tabulações foram reportados em retroalimentação às equipes de entrevistadores, assegurando a qualidade dos dados.
ESTRUTURA DO TRABALHO DE CAMPO
O trabalho de campo foi estmturado em cinco bases regionais de coordenação, estabelecidas conforme abaixo discriminado:
Cada base contou com uma coordenação regional de campo e equipes compostas por um supervisor, um crítico de campo, quatro entrevistadores (três mulheres e um homem) e um motorista.
COLETA DE DADOS
A atividade de coleta de dados teve início em 1 ° de março de 1996, sendo conclufda em 30 de junho de 1996 e implementada por 29 equipes de trabalho. Em cada base, as equipes receberam seus roteiros com os setores distribuídos de forma equilibrada, retornando à base somente após a conclusão dos setores recebidos. O trabalho de campo contou com estreita supervisão e controle de qualidade por parte da coordenação central, regional e supervisora de campo.
A entrada de dados teve princípio uma semana após o início da coleta, sendo finalizada dois meses após o término do trabalho de campo. As atividades de processamento da pesquisa envolveram processos manuais e automáticos: recepção e verificação dos questionários, crítica (revisão e codificação), digitação, verificação (segunda digitação), análise de inconsistências e supervisão, envolvendo um supervisor geral, quatro críticos de dados e 20 digitadores. Fez-se uso do software interativo ISSA (Integrated System for Survey Analysis), para microcomputadores, programa desenhado especialmente para agilizar a digitação dos dados, crítica, obtençäo de freqüências e tabulações. O programa permite verificar interativamente os intervalos das variáveis, detectar inconsistências e controlar o fluxo interno dos dados durante a digitação dos questionários.
O Programa CLUSTERS desenvolvido pelo lnternational Statistical Institute for the World Fertility Survey, foi utilizado para computar os erros amostrais com a metodologia estatística adequada.
Por tratar-se de uma pesquisa por amostragem, as estimativas estão sujeitas a dois tipos de erros: erros amostrais e erros não-amostrais. Os erros não-amostrais resultam de equívocos incorridos na fase de coleta e processamento de dados, tais como: dificuldades em localizar o domicílio correto, formulação incorreta das quest~es por parte do entrevistador ou entendimento incorreto por parte do respondente, erros de codificação e processamento. Inúmeros procedimentos de desenho e execução da pesquisa buscaram reduzir ao mínimo esse tipo de erro durante a implementação da PNDS 1996, porém erros não amostrais são impossíveis de evitar e difíceis de avaliar estatistieamente.
Erros de amostragem, por outro lado, podem ser avaliados estatisticamente. A amostra de mulheres selecionada na PNDS 1996 é uma das multas amostras que poderiam ter sido selecionadas a partir da mesma população, utilizando o mesmo desenho e tamanho da amostra. Cada uma dessas amostras teria gerado resultados em algum grau distintos daqueles obtidos pela amostra que foi efetivamente selecionada. O erro amostrai é uma medida de variabilidade que se observava entre todas as amostras possíveis. Embora o grau de variabilidade não seja conhecido com exatidão, pode ser estimado a partir dos resultados da pesquisa.
O erro amostrai se mede por meio do erro padrão. O erro padrão da média, porcentagem, ou qualquer outra estatística calculada com os dados da amostra é a raiz quadrada da variância, uma medida de sua variação em todas as amostras possíveis. O erro padrão mede o grau de precisão com que a média, porcentagem ou qualquer estatística baseada na amostra se aproxima do resultado que teria sido obtido se todas as mulheres da população tivessem sido entrevistadas nas mesmas condições. O erro padrão pode ser utilizado para calcular intervalos dentro dos quais supôe-se, com determinado grau de confiança, que o valor real para a população recairá. Por exemplo, para qualquer medida estatística calculada a partir de uma amostra, o valor dessa medida cairá num intervalo de mais ou menos duas vezes o erro padrâo dessa medida em 95% de todas as amostras possíveis de igual desenho e tamanho.
Se a amostra de mulheres tivesse sido calculada como amostra randômica simples, teria sido possível utilizar fórmulas diretas para cálculo dos erros amostrais. Entretanto, a PNDS 1996 é resultado de uma amostra estratificada em dois estágios e, conseqtientemente, as fórmulas são mais complexas. O Programa CLUSTERS desenvolvido pelo lnternational Statistical Institute for the World Fertility Survey, foi utilizado para computar os erros amostrais com a metodologia estatística adequada.
Além do erro padrão, o programa CLUSTERS calcula o Efeito do Desenho para cada Estimativa (DEFT), que se define como a razão entre o erro padrão correspondente ao desenho da amostra e o erro padrão que resultaria se o desenho implementado fosse por amostragem aleatória simples. O valor de DEFT igual a 1,0 indica que o desenho utilizado é tão eficiente quanto uma amostragem aleatória simples, enquanto que um valor superior a 1,0 indica aumento no erro amostrai, em decorrência do uso de um desenho mais complexo e estatisticamente menos eficiente. O programa CLUSTER computa também o erro relativo e os limites de confiança para as estimativas.
Os erros de amostragem para a PNDS 1996 foram calculados para algumas variáveis selecionadas, consideradas de maior interesse. Os resultados sâo apresentados neste anexo para o total do país, para as áreas urbanas e rurais e para cada uma das regiôes da pesquisa. A Tabela B.1 apresenta, para cada variável selecionada, o tipo de estatística calculada (proporção ou média) e a população de referência. As demais Tabelas (B2 a B17) apresentam, para cada variável selecionada, a média ou ,valor proporcional da estimativa (R), o erro padrão (SE), o riúmero de casos nãoponderados (N) e ponderados (WN) no qual a estimativa é baseada, o valor do efeito estimado do desenho (DEFT), o erro padrão relativo (SE/R) e o intervalo de 95% de confiança (R4-2SE).
No geral, os dados apontam que os erros padrão relativos da maioria das estimativas para o país como um todo são pequenos, exceto para as estimativas de proporções muito pequenas. Para estimativa5 de subpopulações como por exemplo, áreas geográficas, existem alguns diferenciais em relação ao erro padrão relativo. A fim de demonstrar o uso dos números alocados neste anexo, considerando por exemplo a variável (filhos nascidos vivos de mulheres de 15-49 anos de idade), observa-se que o erro padrão relativo como uma porcentagem da média estimada para o país como um todo, para as áreas urbanas e para o Rio de Janeiro, é de 13%, 2,5% e 3,1%, respectivamente.
O intervalo de confiança para essa mesma variável pode ser interpretado do seguinte modo: a média para a amostra total é 1.781 e o erro padrão é de 0,0024. Assim, para se obter um intervalo de 95% de confiança deve-se somar e subtrair duas vezes o valor do erro padrâo para a amostra estimada, por exemplo 1.781 :i: (2 x 0,024).
Assim, existe uma grande probabilidade (95%) de que o valor real do número médio de filhos nascidos vivos de mulheres de 15-49 anos esteja entre 1.733 e 1.830.
O Anexo C do Relatorio Final apresenta uma série de tabelas que permitem avaliar os dados coletados na PNDS 1996 e a existência de erros não-amostrais, como, por exemplo, preferência de dígitos, arredondamento para certas idades ou datas, esquecimento de eventos passados, eventual distorção deliberada da informação por parte dos entrevistadores na intenção de diminuir a carga de trabalho, falta de cooperaçâo de parte dos entrevistados para responder, recusa das mães a pesar/medir seus filhos etc. Assim, com base nestes elementos, o presente anexo constitui uma breve primeira aproximação à qualidade dos dados.
Name | Affiliation | URL | |
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MEASURE DHS | ICF International | www.measuredhs.com | archive@measuredhs.com |
Pesquisa Nacional Sobre Demografia e Saúde 1996 - Sociedade Civil Bem-Estar Familiar no Brasil -BEMFAM Rio de Janeiro - Brasil , Macro International Inc. Claverton, USA Março, 1997. Ref BRA_1996_DHS_v01_M
O usuário dos dados reconhece que o coletor original dos dados, o distribuidor autorizado dos dados, ea agência de financiamento relevantes não têm qualquer responsabilidade pelo uso dos dados ou para interpretações ou inferências baseadas em tais usos.
Name | URL | |
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Sociedade Civil Bem-Estar Familiar no Brasil - BEMFAM | info@bemfam.org.br | http://www.grupobemfam.org.br/ |
General Inquiries | info@measuredhs.com | www.measuredhs.com |
Data and Data Related Resources | archive@measuredhs.com | www.measuredhs.com |
DDI_BRA_1996_DHS_v01_M
Version 01
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